"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"
"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Oficializando a relação

    Ter um projeto de vida, com metas a serem alcançadas, para se chegar aos objetivos, e necessário. As vezes e preciso reorganizar o projeto e refazer as metas. Porem, nunca e em hipótese nenhuma se deve deixar para ser feliz só quando alcançar os objetivos que deram origem ao projeto. E essencial ir sendo feliz durante todo o processo. No final, objetivos alcançados ou não, o que vale e o caminho percorrido, as pequenas vitorias alcançadas ou derrotas sofridas, assim como as dores sentidas e as flores colhidos nesse caminhar. O que vale e ter vivido, lutado e amado a cada minuto.

    E claro que no primeiro rascunho do projeto de vida, sempre há uma ordem a ser seguida e essa ordem quase nunca permanece a mesma ate o final. O plano quase sempre e estudar, forma-se, arrumar um emprego, casar e constituir família. Eu também planejei assim. Mas, como já disse antes, quase nunca os planos seguem sem nenhuma mudança ate o final.

    Por conta dos caprichos da vida e do que ela oferece a cada um de nos, primeiro eu passei num concurso publico e, na primeira viagem de férias desse emprego, conheci a mulher da minha vida e virei pai, constituindo assim uma família. Só então prestei exame vestibular e passei na UFPA. Enquanto cursava o segundo semestre de Serviço Social, oficializei a relação tanto no civil quanto no religioso.

    Vanuza e eu casamos em 22 de setembro de 2012, oito anos depois de nos conhecermos e sete anos depois do nosso filho, Joao Francisco (Chicao), nascer. O casamento ocorreu na Paroquia de São Domingos de Gusmão, no bairro da Terra firme que e onde moramos.













    Fiquei muito feliz por meu casamento ter sido realizado pelo, hoje saudoso, Padre Bruno. Uma pessoa querida que nos deixou em 2020, vitima da Covid-19. Padre Bruno era uma das poucas pessoas a quem eu realmente admirava e respeitava. Um homem que dava testemunho de sua fé em cada ato de generosidade e respeito ao seu semelhante. Se todos os lideres religiosos cristãos fossem como ele, com certeza as igrejas teriam menos pessoas hipócritas e mais pessoas trabalhando o verdadeiro sentido do cristianismo que é "Amar ao próximo como a si mesmo e a Deus acima de todas as coisas". Não sou religioso, mas tenho grande admiração por quem faz de sua fé um instrumento de mudança e luta social, independente de crença.














    Depois da cerimonia fomos para o Bar da Terra, que fica também na Terra Firme, na esquina da Rua Comissário com a Passagem Nossa Senhora das Graças. O bar pertence a família de meu amigo Ildo Terra e e um local de encontro de grandes amigos. Pedi para o amigo Tomil Paixão fazer uma introdução ao violação e recitei o Soneto da Fidelidade de Vinicius de Moraes. Ao final do poema, Tomil seguiu cantando a musica Eu sei que vou te amar de Tom Jobim.


Soneto da Fidelidade

(Vinicius de Moraes)


De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.


Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Que eu possa dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.





























    Já são dezessete anos de relacionamento, os nove últimos foram sacramentados por intermédio do querido e saudoso Padre Bruno Sechi. Que venham muitos outros anos dessa vivência que está situada entre um Soneto de Vinícius de Moraes e uma Ópera Rock.






























Nenhum comentário:

Postar um comentário