"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Trinta e dois dias após a Artrodese Tibiotalar

    Devido à minha atual, porém passageira, condição, fico muito tempo na rede e não tenho podido brincar e passear com a Nina, minha neta pet, como antes eu fazia.



    Como se percebesse o meu tédio, Nina sempre dá um jeito de me fazer rir e interagir com ela. A sapeca vai buscar seus brinquedos e vem me convidar para fazer bagunça. Mas, a brincadeira mais dinâmica que conseguimos realizar, é o Cabo de Guerra usando um de seus brinquedos mais elásticos. Quando consigo tomar-lhe o brinquedo, jogo-o para longe, ela corre para busca-lo e o traz de volta. Então, o Cabo de Guerra se reinicia.



    Quando o meu braço cansa e eu tento parar, ela pega o brinquedo com a boca e o esfrega insistentemente em minha mão, até eu voltar a brincar. Graças à minha neta pet, tenho exercitado bastante os braços e também o humor, o amor e a ternura.


    Devido aos recentes pinos colocados no meu tornozelo, a rede me proporciona maior conforto para dormir do que a cama. Pois a cama me deixa numa posição chapada ao ficar de peito para cima (Posição na qual o meu pé fica menos dolorido) e, com o tempo, causa até desconforto para respirar, além de dores na coluna. Já a rede me deixa numa posição confortável onde tanto a minha cabeça quanto os meus pés ficam levemente erguidos. Basta eu colocar um travesseiro em baixo da cabeça e um travesseiro em baixo de cada perna na altura dos joelhos. Por isso tenho dormido na rede que fica na sala.

    Vanuza acorda as cinco da manhã para adiantar as coisas de casa antes de sair para trabalhar e, junto com ela, a Nina também acorda. Se eu estiver dormindo com o rosto próximo à beira da rede, eu recebo um LABEIJO da Nina antes mesmo de receber o beijo de "Bom dia!" da Vanuza. E se depois do beijo da Vanuza e do LAMBEIJO da Nina eu tentar dormir de novo, não consigo. Nina sobe no sofá que fica ao lado da rede, descansa a cabeça na beira da rede e me olha com aquele olhar do "Gato de Botas do Shrek". Eu a ignoro e ela coloca a patinha na beira da rede e começa a cutucar. Continuo a ignora-la e ela começa chorar...


    Aí não tem coração de pedra que resista! Abro a rede puxando sua lateral e a Nina pula para dentro, se aconchega em mim e volta dormir. Só então eu também consigo voltar dormir. Vida de avô de...




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