"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

sábado, 3 de novembro de 2012

03 de Novembro, Dia Estadual do Carimbó. Salve, Mestre Verequete!



Morei na Rua dos Caripunas de 1982 à 1985, dos meus 11 aos 14 anos de idade. Nessa época sempre comprava churrasco de um senhor que tinha uma banquinha nas esquina da Caripunas com a "Estrada Nova", ele me chamava a atenção por usar um chapéu que parecia com os de vaqueiros e, também, por frequentemente estar de roupa branca.
Alguns anos antes o carimbó era bastante divulgado em Belém e eu conhecia alguns. Mas foi num dia, quando fui comprar refrigerante em uma taberna, que ouvi uma conversa que mudaria para sempre a minha visão a respeito daquele vendedor de churrasco.

Um homem que bebia cerveja na taberna, exibia um LP de carimbó que fora gravado no final da década de 70, e nele tinha a foto do tal vendedor. O homem falava o seguinte: "De cantor à vendedor de churrasco". Eu fiquei curioso e perguntei: "É aquele senhor que vende churrasco lá na esquina?". A resposta foi um aceno positivo com a cabeça.

Anos mais tarde, em novembro de 1998, quando trabalhava como cinegrafista em uma atividade da Rádio Margarida em que o Mestre Verequete participou, ganhei um CD autografado em letras de fôrma: "VEREQUETE". O CD desapareceu, mas ficou na lembrança a imagem daquele senhor que cantava algo que sempre esteve em mim e que que sempre me emocionou e emociona.

03 de Novembro - Dia Estadual do Carimbó
Homenagem à data de aniversário de falecimento do Rei do Carimbó, Mestre Verequete.

O cantar de Verequete está presente em todos nós que apreciamos e pretendemos levar em frente esse canto. Abraços!




Para maiores informações a respeito da biografia de Mestre Verequete, acesse o Blog do Meu amigo, o historiador Tony Leão da Costa

http://mimcomigomesmo.blogspot.com.br/2011/08/salve-mestre-verequete.html

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pílula azul ou vermelha?




É um momento determinante em todo o filme "Matrix" (falo do primeiro filme da trilogia, porque os outros dois são dispensáveis):
Morfeu (Laurence Fishburn) encontra-se com Neo (Keanu Reaves) para lhe explicar que o mundo no qual vive não é o mundo real e verdadeiro.

Os humanos são meros escravos de um poderoso sistema de computadores designado Matrix que controla a mente humana.
Morfeu dá a possibilidade à Neo de escolher entre tomar a pílula azul ou a pílula vermelha.

Tomando a 
pílula azul, Neo voltará à sua ilusória e superficial vida.

Se optar pela 
pílula vermelha, conhecerá a verdade que está por detrás do mundo que julga ser real.

Neo arrisca e opta pela 
pílula vermelha, conhecendo, finalmente, a complexa verdade por detrás do seu mundo de aparências.




Diálogo entre Morfeu e Neo:

Morfeu :
- Eu vejo nos seus olhos. Você tem o olhar de um homem que aceita o que vê porque está esperando acordar. Ironicamente não deixa de ser verdade.
- Você acredita em destino, Neo?
Neo :
- Não
Morfeu :
- Por que não ?
Neo :
- Não gosto de pensar que não controlo minha vida.
Morfeu :
- Sei exatamente o que você quer dizer.
- Vou te contar porque está aqui : Você sabe de algo.
- Não sabe explicar o quê. Mas você sente.
- Você sentiu a vida inteira : há algo errado com o mundo. Você não sabe o que é, mas há. Como um zunido na sua cabeça te elouquecendo. Foi esse sentimento que te trouxe até mim.
- Você sabe do que estou falando?
Neo :
- Da Matrix ?
Morfeu :
- Você deseja saber o que ela é?
Neo :
- Sim.
Morfeu :
-A Matrix está em todo lugar. À nossa volta. Mesmo agora , nesta sala .
- Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga sua TV;
- Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga seus impostos....
- É o mundo que foi colocado diante de seus olhos para que você não vise a verdade.
Neo :
- Que verdade?
Morfeu :
- Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu numa prisão que não pode sentir ou tocar. Uma prisão para sua mente.
- Infelizmente é impossível dizer o que é Matrix. Você tem que ver por si mesmo.
- Esta é a última chance. Depois não há como voltar.
- Se tomar a pílula azul a história acaba e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar.
- Se tomar a pílula vermelha ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho.
- Lembre-se tudo o que ofereço é a verdade. Nada mais.

A partir do diálogo acima levantam-se muitas leituras filosóficas e religiosas.
Estas pílulas representam, também, uma metáfora da condição humana: o homem que se resigna de forma dogmática e aceita passivamente tudo o que existe à sua volta ou o homem que deseja libertar-se e conhecer a verdade absoluta das coisas e o acesso ao conhecimento?

Perante isto, a questão que coloco a mim mesmo (e aos leitores) é esta:

Se este mundo, de uma forma ou de outra, não é mais do que uma espécie de "Matrix" global e eu tivesse que optar por ingerir a 
pílula azul ou a pilula vermelha, qual escolheria?

Eu escolheria a 
Vermelha!

E você? Escolheria a 
Azul e continuaria sendo iludido pelo sistema?

A política idiotizadoras das massas faz o povo ficar alienado, e não só isso, faz o povo pensar que quem discute política é chato e que o cara legal é aquele que fala de futebol e novela. Nada contra! Também gosto muito, mas nem a vida do Neymar e nem as loucuras da Carminha vão influenciar minha vida (salário, transporte, saúde, segurança).
Deveríamos discutir política sempre, não só em época de eleição!
Aliás, essas discussões políticas deveriam ser tão comuns quanto as discussões sobre os times de futebol e sobre o que acontece nas novelas.
Quem não gosta de discutir política, vai ser escravo dos que gostam, porém nem vai perceber que é escravo, pensará que é uma pessoa livre (como o Neo, antes de tomar a pílula vermelha).
Política são todas as ações do ser humano.
Os políticos ladrões e picaretas adoram política, tanto que vivem dela, pois eles usam o conhecimento político que têm para manipular os que não gostam, não conhecem e nem procuram conhecer a política.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Perdas e ganhos



Pais, em geral, vão primeiro.
Quisera não perdê-los...
Por que então amá-los só depois?

Filhos e sobrinhos
quase sempre vão depois.
Quisera vivê-los...
Por que, desde agora, não fazê-lo?

Irmãos, aos poucos, todos se vão.
Subtração.
Por que não viver em união?

Cônjuges,
e se fossem juntos embora?
Muita fatalidade...
Melhor ser feliz, desde agora.

Amigos, se não nos restam,
melhor ir correndo.
Sem eles,
o que aqui vou ficar fazendo?

Mas se eu for primeiro,
antes de todos,
por favor, lá me encontrem.
Serei pura saudade
desde ontem.

Mara Senna

sábado, 28 de abril de 2012

Curso - O Método em Marx

O Professor José Paulo Netto ministrou, em 2002, o Curso "O Método em Marx" na pós-graduação em Serviço Social da UFPE.
O Curso foi gravado originalmente em Fitas VHS. A versão para DVD, dos 5 dias de aula (manhã e tarde), resultou em 2 DVDs por aula, num total de 10 DVDs.
Para que o curso pudesse ser baixado via Internet, os DVDs foram comprimidos com o Nero V.7.
Para assistir às aulas (arquivos de midia MPEG4) pode-se utilizar o Nero Show Time. Ou o VLC (gratuito):

É necessário, portanto, que a ordem das aulas/dvds seja respeitada. Caso contrário, como nos "alertou" um espirituoso amigo, poderá um curioso desavisado, "sair por aí dizendo que o Capital foi escrito antes de Marx concluir o curso universitário, depois foi pra Londres trabalhar na Gazeta Renana, no final da vida se aborreceu e passou a escrever uma tese sobre Epicuro, puto da vida com a Liga dos Comuns e com as conversas de Engels, com aquela mania de dialética..."

Curso - O Método em Marx






AULA 1 DVD 1


AULA 1 DVD 2


AULA 2 DVD 1


AULA 2 DVD 2


AULA 3 DVD 1


AULA 3 DVD 2


AULA 4 DVD 1


AULA 4 DVD 2


AULA 5 DVD 1


AULA 5 DVD 2

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"

Quanto mais uma pessoa desenvolve o senso crítico, mais essa pessoa se torna triste e tende a desenvolver, junto com a consciência crítica, uma úlcera estomacal.


E quanto mais uma pessoa se mantém usando apenas o senso comum, mais essa pessoa tende a se alegrar com qualquer coisa, pois qualquer "PÃO E CIRCO" a diverte.


Eu prefiro morrer infeliz e com uma grande ferida no estômago a me tornar um bobô alegre!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Arco Iris feito de fitas

Poesia dedicada com todo carinho a minha querida Mara Lídia:


Céu azul, meu chapéu de palha
Arco Iris feito de fitas
De uma estrela da cor do céu
Luz de encanto no ar se espalha
Deixa a vida mais bonita

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Como tudo acaba mal durante um Apocalipse Zumbi

Rússia confirma existência de arma que transforma pessoas em zumbis



Apocalipse zumbi (português brasileiro) ou apocalipse zombie (português europeu) é um cenário hipotético da literatura apocalíptica. Cultuado – e até mesmo aguardado – por muitas pessoas e com base na ficção científica e no terror, a expressão refere-se a uma infestação de zumbis em escala catastrófica, levando todas as sociedades ao colapso, e que rapidamente transformaria esta criatura no ser dominante sobre a Terra. Tais criaturas, hostis à vida humana, atacariam acivilização em proporções esmagadoras, impossíveis de serem controladas por forças militares, mesmo com os recursos atuais à disposição.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.











rsrsrsrsrsrs

terça-feira, 20 de março de 2012

Por que Serviço social?


Na verdade eu tenho a impressão que não escolhi o Serviço Social, mas que fui escolhido pelo Serviço Social.
Eu explico!
Sempre fui muito curioso e tive grande interesse em aprender tudo de tudo, mas a minha vida estudantil foi muito prejudicada por motivos variados. Houve momentos em que eu ficava muito triste, sentia-me roubado, no sentido literal da palavra, pois não tinha acesso ao conhecimento que sempre me atraiu, porém nunca desisti de continuar querendo saber mais e mais.
Em um desses momentos de crise fui apresentado a uma pessoa que foi determinante em minha trajetória de vida, por intermédio dela, que é uma assistente social e que se tornou uma grande amiga minha, eu comecei a trabalhar em uma ONG que tinha atividades no bairro da Terra Firme com formação profissional e geração de emprego e renda. Pude freqüentar vários cursos, fiz um treinamento, recebi formação e tornei-me Agente Comunitário de Orientação Profissional e em seguida, depois de fazer vários cursos de informática, tornei-me Instrutor de Informática.
Algum tempo depois fiz amizade com alguns estudantes de História da turma de 1996 da UFPA, até hoje nós mantemos essa amizade, eles sempre me incentivaram e estimularam o meu senso crítico, por causa deles eu, apesar de ter me afastado da militância política e do convívio social por conta de um problema de doença na família, nunca deixei de participar das discussões em torno do que acontecia no Brasil e no mundo, e neste contexto a Internet foi de extrema importância.
Fui contaminado pelo “bicho da história”, por conta de minha amizade com esses historiadores, e isso me influenciou quando fui escolher o curso para o qual prestaria o vestibular. No entanto não havia turma de história no horário vespertino, que é o único horário em que eu posso estudar, então optei por Serviço Social.
Eu planejei fazer um cursinho preparatório durante este ano de 2012, já que fazia muito tempo que eu havia concluído o ensino médio, só faria o vestibular no próximo ano, porém, na ultima hora, resolvi fazer o vestibular deste ano só para ver como era. Então, para minha surpresa e alegria, eu fui aprovado.
Hoje, depois de refletir melhor sobre o assunto, eu percebi que o curso de História me limitaria a dar aulas e ou pesquisar. Já o curso de Serviço Social abre um leque muito maior de possibilidades, pois eu sou funcionário da SESMA, aprovado no concurso público de 2002, com lotação no HPSM Mário Pinott há dez anos, depois de formado eu posso fazer um concurso para o cargo de Assistente Social e trabalhar no mesmo local, fazer uma especialização e dar aulas de sociologia, sendo que em ambas as situações eu estarei trabalhando com pessoas, acolhendo-as, orientado-as, encaminhando-as, despertando e estimulando nelas o senso crítico, a participação política e tentando ser para essas pessoas o que aquela assistente social foi para mim, pois ela fez a diferença na minha vida.
Eu sou fruto desse processo de inserção social e sei que um bom profissional pode mudar para melhor a vida de muita gente.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A todas as mulheres

Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, aproveito para parabenizar todas as mulheres que foram de extrema importância em minha vida e, em especial, faço uma homenagem à mulher que mais amei e a quem devo tudo que sou e que sei. Ela me deixou em uma terça feira, 9 de março, dia em que ela estaria completando 79 anos. Amanhã fará um ano de sua partida, mas nesse período não houve um só dia em que eu não lembrasse do seu rosto, não sentisse o seu cheiro, não ouvisse a sua voz e não sentisse muitas saudades.


EM MEMÓRIA DE MINHA MÃE
Nasci-te (Manuela Amaral)


No meu ventre de mulher cresceu teu feto
e foi a minha boca que te deu palavras 
e silêncios para tu gritares 
Dos meus braços multipliquei teus braços 
e dei distâncias para tu voares 
Dei-te tempos-de-nada 
medidos de coragem 
E foste. E és.


Francisca Lopes Sodré, minha bisavó.
Marcerina Lopes de Souza, minha avó.
Ecy Lopes Valente, minha tia.
Maria Lopes de Souza, minha tia.
Eliana Lopes dos Santos, minha irmã.
Eliete Lopes dos Santos, Minha irmã
Estefania, minha primeira professora.
Aldair, minha segunda professora.
Sônia, minha terceira professora.
Maria José Barra, minha quarta professora.
Leda, minha professora de língua portuguesa no ensino médio.
Vanuza de Fátima Rodrigues, minha esposa, mãe do meu filho e minha companheira nas lutas e desafios dessa vida.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ao meu cunhado-irmão


Há cerca de trinta e três anos uma pessoa muito especial entrou para o convívio de minha família. Nonato era o seu nome, porém muitos amigos o chamavam de Paleco, mas para mim e meus irmãos ele sempre foi o Natinho, nosso cunhado mais velho (esposo da irmã mais velha).
Natinho era brincalhão, alegre, irreverente, gaiato, festivo e, por incrível que pareça e por mais contraditório que soe, conseguia ser tudo isso sem deixar de ser extremamente rabugento e ranzinza.
Com o passar do tempo ele foi conquistando a todos nós, tornou-se, além de cunhado um irmão e, para mim em particular, um pouco pai, pois quando ainda era criança morei um tempo com ele e minha irmã.
Ele ensinou-me a gostar de violão, instrumento que tentei aprender a tocar, porém desisti diante de minha total falta de talento pra coisa. Através dele fui apresentado às obras de Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Adoniran Barbosa, Lupicínio Rodrigues, Gonzaguinha, Ruy Barata e Paulo André Barata entre outros grandes nomes de nossa música popular brasileira.
Estava sempre perto de nós, nos momentos de grande alegria e comemoração, mas também nos momentos de tristeza e desespero. Por conta de sua irreverência ele sempre conseguia aliviar a tensão dos momentos de angustia, era do tipo que contava piadas em velório e até conseguia arrancar sorrisos dos rostos das pessoas que estavam com o coração chorando de tristeza. E por ter essa habilidade, sua presença sempre foi de grande ajuda nessas horas.
Nos últimos cinco anos freqüentemente me dizia que eu não poderia morrer antes dele, pois as suas roupas não caberiam em mim (piada interna).
Posso dizer que com o Natinho eu aprendi, também, a rir e fazer pouco da cara da morte, isso mesmo, meu cunhado-irmão estava cagando e andando para a morte, zombava dela como quem zomba de uma criança tola, mas que acha que é esperta. Ele chegou a mostrar-me o caixão no qual gostaria de ser sepultado e sempre disse em alto e bom som que gostaria que seu velório fosse feito com muita música e com amigos cantando. Na verdade esse pedido não me chocou, pois ele sempre foi um boêmio, era apaixonado por samba e sempre demonstrou isso. Mas o pedido que não esqueço e que eu sempre achei mais engraçado e, talvez, o mais difícil de realizar era que fossem convidadas mulatas da "Embaixada de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná” para sambar no seu velório. Toma-te!
Foi muito bom termos convivido com esse nosso querido rabugento, sentiremos a falta dele, mas o teremos sempre perto, em cada lembrança, em cada saudade...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Bloco da Canalha 2012 - Maria da Penha Neles!


 Marchinha campeã do Concurso de Marchinhas Carnavalescas do Bloco da Canalha 2012.




MARIA DA PENHA NELES
Autoria: Rita Melém e Cris Rodrigues



No mundo patriarcal
Explorar mulher parece natural
Cuidado macharada
Bater em mulher não tá com nada

Refrão
Maria da Penha neles 
Maria da Penha neles 

É o bloco da canalha
Na luta com a gente.

Todo carnaval
É igual ao que passou
A mulher é presa fácil
E o macho, o predador

Refrão

Em todo lugar
É um tal de come, come
O cara se acha o tal
Mas é a mulher que engole o homem

Refrão

Galera da Canalha, (não se calem)
Chegou a nossa vez, (agora é lei)
Denuncie o agressor (180)
E mande pro xadrez


Voz: Cris Rodrigues 
Coro: Albert Cordeiro, Aninha do Rosário, Cris Rodrigues, Cris Salgado, Larissa Leite, Rita Melém, Tony Leão. 
Sax: Edinho do Sax 
Trompete: João do Trompete 
Violão de 7: Albert Cordeiro 
Cavaquinho: Robson Conceição 
Baixo: Emílio Leite 
Teclado: Marcos Leite 
Percussão: Estúdio EMMA 
Arranjo: Todos 
Técnica de som: Larissa Leite 
Técnico de Mixagem: Emílio Leite 
Editor de imagens: Idalécio Lopes
Produção Executiva: Tony Leão 
Realização: Bloco da Canalha: A vil ralé que cospe no chão!

Boi da Terra é Cultura de Paz

BOI DA PAZ
(Rita Melém e Cris Rodrigues)


Se o boizinho é da terra 
Cultivando tudo dá
Brota o cortejo nas ruas
Da cultura popular (ê boi)

Este é o Boi da Terra
Em Terra Firme tudo se faz 
Com barrica, tambor e toada
Se germina a cultura de paz (ê boi)

Se o boizinho é da terra
Seu mugido se faz ecoar
Com batalhão, mutuca e tripa 
Sai do curral pra nos alegrar (ê boi)

CONCURSO DE MARCHINHAS DO BLOCO DA CANALHA, CARNAVAL 2012

Letras das Marchinhas concorrentes:

MARIA DA PENHA NELES

(Cris Rodrigues e Rita Melém)
No mundo patriarcal

Explorar mulher parece natural

Cuidado macharada

Bater em mulher não tá com nada

Refrão

Maria da Penha neles 

Maria da Penha neles 

É o bloco da canalha

Na luta com a gente.

Todo carnaval

É igual ao que passou

A mulher é presa fácil

E o macho, o predador

Refrão
Em todo lugar

É um tal de come, come

O cara se acha o tal

Mas é a mulher que engole o homem

Refrão
Galera da Canalha, (não se calem)

Chegou a nossa vez, (agora é lei)

Denuncie o agressor (180)

E mande pro xadrez


LEITO DE TAMBA-TAJÁ
(Ruy do Carmo/Tommil Paixão) 

Leito de Tamba-Tajá

De boto namorador

Mulato, corpo perfeito,

Dançarino do amor

Chega assim ribeirando

Moço apaixonador

Vem pro Bloco da Canalha

O galante sedutor (2x)

Eita paixão danada

Ocorre no leito do rio

Os corpos enluarados

São prova de um amor viril (2x)

Boto meu irmão de lua

Vê se não descuida não,

Mano usa a camisinha,

AIDS não é fácil não (2x)


FREVO MARXISTA
(Tony Leão e Rafael Guerreiro)

Vou me fantasiar de alegria

E pular o carnaval na avenida

Vou deixar todos esses valores

Guardado na gaveta da vida

O carnaval é a festa da carne

E o vermelho e a cor da folia

Vil ralé que cospe no chão

Uni-vos assim no refrão

Refrão

Caminhando e cantando

E seguindo a fanfarra

No carnaval a regra é clara

Tod@s soldados do riso

Subvertendo a ordem

Na lei de Momo ou na marra!




EU SOU CANALHA

(Raimundo Reis Filho – “Pintinho” do Boi da Terra)

Eu vou pular de alegria

Até dá calo no pé

Pois carnaval é folia

Só não brinca quem não quer

Quem puxa o saco

Quem cospe no chão

Quem é bichinha

Quem é sapatão

Quem é de boi ... Ê boi!

E poesia

Eu sou canalha 

Eu sou folia

Eu vou... eu vou...!




FUJA DA ARRAIA

(Cris Rodrigues e Rita Melém)

Me embrenhei no meio da praia virgem

Fugindo da correnteza

Cuidado: água parada

É sinal de arraia com certeza

Refrão:

Ferrada dói, ferrada dói

Ferrada de arraia 

Dói, dói, dói

Ferrada dói, ferrada dói

Chupa logo esse veneno

Se não ele corrói.




CUTICA E COME 
(Rui do Carmo/ Tommil Paixão)

Tuíra do lodo

vou me fantasiar,

bebendo água-ardente pela chuva 

só pra sacanear. 

No chamego dessa nega,

de acesume escandaloso

quando o amor cutica a gente

ai! me cutica.

Fica tudo mais gostoso.


Urubu do ver-o-peso já disse,

sendo o do rei do bacanal

só quem não come turu,

não levanta o pau!

No embalo desse frevo

de vai-e-vem ofegante

no Bloco da Canalha,