"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

domingo, 18 de dezembro de 2011

A mais igual que todos

Postado no Blog da Franssinete Florenzano, em 17 de dezembro de 2011
Adicionei essa foto da menina "tolinha" na companhia de sua mãe.

Quer cursar medicina na UEPª, mas não quer fazer o vestibular!

Izabela Vinagre Pires Franco, filha de Vic e Valéria Pires Franco, passou em Medicina numa faculdade particular em São Paulo, chamada Anhembi Morumbi, mais conhecida pelos cursos de Moda e Gastronomia, e segundo o site do MEC sem conceito no Enade e sem conceito no CPC (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes e Conceito Preliminar de Curso) - indicadores de qualidade de um cursoou instituição – e, sem fazer sequer uma prova, tentou, administrativamente, se matricular na UEPA.

A UEPA denegou o pleito em todas as instâncias. Então, ela impetrou Mandado de Segurança e obteve liminar, exarada pelo juiz Marco Antonio Lobo Castelo Branco, titular da 2ª Vara da Fazenda de Belém, em evidente afronta à Constituição, à lei, à doutrina e à jurisprudência, inclusive ao próprio STF, que já se pronunciou sobre a questão, no sentido de que só pode ser feita de instituição privada para privada, e de pública para pública. A transferência de universidade privada para pública é ilegal e imoral, notadamente na forma pleiteada.

Como se observa no despacho, o próprio magistrado reconhece a ilegalidade do ato em sua decisão, que justifica pela alegada "depressão"de que a jovem socialite estaria sofrendo. Ora, todas as boates e bares de Belém são assiduamente frequentadas por Izabela, sempre badalando alegremente, em meio a incontáveis testemunhas, e ontem mesmo eu a vi na Grand Cru, acompanhada do namorado, bebendo vinho, vendendo saúde e felicidade, expressa pelas constantes risadas. Lá já estava quando cheguei e permaneceu depois que saí, mais um sinal de que a noite estava pra lá de boa.

É de se perguntar: Izabela foi submetida a uma junta médica do SUS, que confirmasse sua “depressão”? Os autos revelam que não. Ela simplesmente foi alegada e de pronto aceita.

Cabe perguntar também: e os milhares de estudantes que se candidataram a uma vaga no curso de Medicina da UEPA, prestaram Vestibular, e não foram considerados aptos pela nota alcançada? Izabela nem se deu ao trabalho de se inscrever. Não quer fazer vestibular. É mais igual perante a lei do que os outros, a maioria filhos de famílias pobres, que sonham com o curso superior e não conseguem se classificar por culpa da péssima qualidade do ensino público?!

A liminar violou decisão do STF na ADIN no 3324-7, que tem efeito vinculante para todo o Judiciário e para a administração pública. Pisou nos princípios constitucionais da Autonomia Universitária (art. 207), da Isonomia e da Proporcionalidade – Igualdade de acesso aos víveis mais elevados de ensino (art. 5º, caput e I; art. 37; art. 206, I a VII; art. 208, V, todos da Constituição da República). Rasgou o art. 49 da Lei nº 9.394/996, que estabeleceu as diretrizes e bases da educação nacional, que garante: “As instituições de educação superior aceitarão a transferência de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo.”

Na ADI 3.324/DF, o acórdão não deixa dúvidas a interpretações:
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em julgar procedente, em parte, a ação para, sem redução do texto do artigo 1º da Lei nº 9.536, de 11 de dezembro de 1997, assentar a inconstitucionalidade no que se lhe empreste o alcance de permitir a mudança, nele disciplinada, de instituição particular para pública, encerrando a cláusula “entre instituições  vinculadas a qualquer sistema de ensino” a observância da natureza  privada ou pública daquela de origem, viabilizada a matrícula na congênere. Em síntese, dar-se-á a matrícula, segundo o artigo 1º da Lei nº 9.536/97, em instituição privada se assim o for a de origem e em pública se o servidor ou o dependente for egresso de instituição pública, tudo nos termos do voto do relator. Brasília, 16 de dezembro de 2004. Nelson Jobim – Presidente.Marco Aurélio – Relator.” (grifos meus)

Em seu voto, lecionou o ministro Marco Aurélio:  
Busca-se demonstrar que o tratamento diferenciado encerra exceção e que há de estar assentado em relação de causa e efeito bem como na proporcionalidade entre o meio utilizado para a tutela de bem individual ou de grupo e os efeitos da medida, considerada a coisa pública. Ter-se-ia o menosprezo aos citados princípiosDaí sustentar-se a violência ao princípio da igualdade de acesso ao ensino, previsto no artigo 206, inciso I, da Constituição Federal, e ao princípio republicano – a coisa pública pertence a todos –, a desaguar no ingresso mediante o critério meritocrático de seleção, via o vestibular, tal como previsto no inciso V do artigo 206 da Constituição Federal, prevalecendo os princípios da impessoalidade e da moralidade, consagrados no artigo 37 do citado diploma.”

(...) “Faltaria correlação lógica entre meio e fim, ficando configurada a transgressão do artigo 5º, cabeça e inciso I, e 206, inciso I, da Constituição Federal, implicando o artigo 1º da Lei nº 9.536/97 desrespeito ao princípio da proporcionalidade, com privilégio para determinado grupo social. Absorvidas as vagas existentes, restaria afastada a possibilidade de ingresso do conjunto social, em benefício de alguns poucos. Então, diz-se obstaculizado o acesso da sociedade à educação.”

(...)“A matrícula logicamente sempre será pretendida na instituição pública, levando em conta não só a envergadura do ensino, como a própria gratuidade, absorvendo-se vagas que devem e precisam, de acordo com a Constituição Federal, ser oferecidas, presente o mérito  dos candidatos, a toda a sociedade, viabilizando-se a participação igualitária em disputa que hoje é acirrada, ante a situação precária do ensino público, notada a flagrante escassez de vagas oferecidas.”

(...) “Não pode se mostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a transposição da seara particular para a pública, sob pena de se colocar em plano secundário a isonomia – artigo 5º, cabeça e inciso I -, a impessoalidade, amoralidade na Administração Pública, a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola superior,prevista no inciso I do artigo 206, bem como a viabilidade de chegar-se a níveis mais elevados do ensino, no que o inciso V do artigo 208 vincula o fenômeno à capacidade de cada qual.”

(...) “Em síntese, dar-se-á a matrícula, segundo o artigo 1º da Lei nº 9.536/97, em instituição privada, se assim o for a de origem, e em pública, caso o servidor ou dependente for egresso de instituição pública.” 

O ministro Joaquim Barbosa assim se manifestou:
Parto da premissa de que a educação, além de ser um direito fundamental de cunho social, constitui um bem ou prestação que se reveste, entre nós, da característica da escassez. Cumpre ao Estado, em princípio, oferecê-la, indistintamente, a todos, em igualdade de condições.
(...) O certo é que, para que se legitimem, medidas de caráter manifestamente derrogatório de um sistema de acesso, tais como a prevista na norma impugnada, devem passar por testes rigorosos de constitucionalidade, tendentes a verificar, de um lado, se a norma que confere a respectiva vantagem tem como escopo o atingimento de um objetivo constitucional legítimo e, de outro, se o meio utilizado serve, efetivamente, à obtenção dos fins almejados. Este é, em suma, o chamado strict scrutiny, que norteia, por exemplo, toda a prática de jurisdição constitucional da Corte Suprema dos Estados Unidos em matéria de igualdade, especialmente no campo da educação.
(...) Ao teste da proporcionalidade, seja porque só mediatamente nela se vislumbra a busca de um objetivo constitucionalmente  legítimo, seja porque o atendimento ao grupo beneficiário da norma pode se efetuar de forma bem menos gravosa e restritiva de direitos de outros, seja ainda porque os benefícios que supostamente seriam obtidos com a implementação dessa norma não são susceptíveis de compensar os sacrifícios que ela engendra.
Com essas considerações, acompanho o eminente ministro relator.” ( grifos meus)

Confiemos no senso de justiça do juiz Marco Antonio Lobo Castelo Branco, de que, percebendo que incorreu em grave equívoco,  reveja sua decisão liminar, tornando-a nula de pleno direito, em obediência a todo o ordenamento legal e constitucional brasileiro, e ao sentimento de aplicação da Justiça que deve nortear o Judiciário.





domingo, 20 de novembro de 2011

A Canalha: a vil ralé que cospe no chão


‎"Talvez eu devesse falar da canalha, desse povo que enche os bares movidos a boêmia e alcool, desse grupo estranho e perfeitamente normal. Os canalhas em geral se entendem e seguem os mesmos ritmos. Alguns se definem como tal e ditam regras e criam conceitos e enquadram o que é ser canalha. O que são os canalhas, se mil traços os une e um milhão os separa? Seria uma filosofia barata? (mas há os práticos demais?) um certo projeto de vida? (todos fatalmente mudam de opinião) um mero grupo de colegas? (talvez). A canalha é por definição aquilo que se vive, se é, se quer ser. Mais que uma brincadeira da juventude, eleva acima da mediocridade atos banais e corriqueiros. À espera do manifesto canalhista, só posso dizer da canalha que quem não conhece não sente falta, mas quem passou por ela e sobreviveu vai sempre se lembrar das figuras hilárias que geralmente embriagadas deram às falas e ações naturais uma cor especial."

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vontade de falar "eu te amo"


Vontade de falar "eu te amo" sem preocupar-me em ser piegas, em me expor ao ridículo, sem parecer brega.
Gostaria de cantar um rock pauleira falando de amor:
"♫♫ Eu te amo pra caralho ♫♫ foda-se todo o resto♫♫ "
Mesmo assim seria piegas, ridículo e brega.
Bem que o PESSOA falou que "Todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas", mas eu vou ainda além, tudo o que envolve amor e amar é ridículo!
Por isso, car@s amig@s, se não quiserem ser piegas, ridículos e bregas não se envolvam em nada que tenha qualquer contato com o tão famigerado amor.
Um brinde aos piegas, ridículos e bregas! Eles, sim, sabem ser felizes.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Para os meus amigos, TROLL's ou não!

Fernando Paranhos, um amigo do Facebook, presenteou-me com este poema que, segundo ele, traduz sua recém descoberta característica TROLL.

Cântico negro (José Régio)

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!

Quando falava para o meu filho, João Francisco, que ele precisava comer verduras e legumes, ele respondia:
-Comer verduras e legumes? Eca, que nojo!
Depois de mostrar-lhe na TV uma reportagem sobre a apendicite, que falava, entre outras coisa, de como a alimentação pobre em fibras pode causar o aparecimento da doença, ele hoje pede para eu comprar verduras e legumes.
Esse é o meu rebento, curioso, inteligente, inquieto, inventivo e, às vezes, muito mala sem alça.
Não sei como passei trinta e cinco anos de minha vida sem ele!
Sem acordar com um aviãozinho pousado em minha testa e, ao abrir os olhos, me deparar com um sorriso de anjo peralta.
Sem conversar ao telefone tendo uma pessoinha ao lado fazendo som de sirene de ambulância.
Sem tropeçar em brinquedos espalhados por toda a casa.
Sem passar horas montando bloquinhos.
Sem ter de responder perguntas do tipo:
-Pai, porque você tem pêlos no corpo e eu não tenho? Você vai virar um lobisomem?
Sem tentar dormir e não conseguir, pois alguém está fazendo cócegas em mim.
Sem acorda cedo e seguir na direção da escolinha.
Sem alguém esperando eu botar o lixo para fora, fechar o portão, escovar os dentes e apagar as luzes, só para ouvir uma historinha, conversar ou brincar mais um pouquinho antes de dormir.
Sem ouvir as batidas de um coraçãozinho que faz o meu coração bater no mesmo compasso.
Sem ver aquele sorriso lindo que ilumina a minha alma.
Finalmente compreendo o jeito que minha mãe me olhava, com aquele olhar úmido e brilhante.
Ao longo desses cinco anos, palavras como amor, preocupação, alegria e realização tomaram uma nova dimensão para mim.
Hoje eu sei o que é sentir o meu coração pulsar fora do meu corpo.

domingo, 31 de julho de 2011

Cametá é dez!

Acabei de voltar de dez dias de férias em Cametá, cidade que fica no nordeste do estado do Pará, terra natal de minha esposa e filho. Tenho um irmão e uma irmã casados com cametaenses, desde criança visito a cidade periodicamente. Estou postando algumas fotos, mas antes vou escrever um pouco sobre a minha querida Pérola do Tocantins.


HISTÓRIA:
O município de Cametá foi fundado em 1620, pouco tempo depois de Francisco Caldeira Castelo Branco ter aportado em Nossa Senhora de Belém do Grão-Pará (atual Belém), em 1616. O autor da fundação foi o frade Capuchinho Cristóvão José, que chegou ao lugar à época habitado pelos Camutás. Os índios ao invés das tradicionais malocas, habitavam em casas instaladas nos topos das árvores. Por causa desse costume, o historiador Carlos Roque afirmou, em uma de suas obras, que o significado literal de Cametá é “degrau no mato”.


LOCALIZAÇÃO:
O município de Cametá está localizado às margens do Rio Tocantins, por cerca de 3 km de extensão.
A cidade de Cametá limita-se ao norte com o município Limoeiro do Ajurú, ao sul com Mocajuba, ao leste com Igarapé Mirim e ao oeste com Oeiras do Pará. DISTÂNCIA DE BELÉM : 150 km em linha reta da capital paraense.


COMO SE CHEGA:
Chega-se à cidade de Cametá fazendo um singular passeio entre o rio e a floresta, a viagem é alternada entre barco e ônibus ou somente barco, dura aproximadamente 4 horas. Ou quem preferir ir de carro, tem que pegar 3 balsas pois a cidade fica do outro lado do rio tocantins.
Cametá também dispõe de um aeroporto, recentemente, revitalizado, mas que só é disponível para vôos fretados. Ainda não existe um serviço regular de transporte aéreo para a localidade.

CULTURA:
A cidade de Cametá, além de estar cercada pela bela natureza amazônica e ter um povo simpático e hospitaleiro, possui uma grande riqueza cultural. A cultura cametaense é marcada pela mistura de várias etnias: indígena, francesa, portuguesa, e tais influencias são nitidamente visíveis no jeito de ser cametaense que chama a atenção: a forma de falar, cantar, dançar ou vestir.
A própria culinária cametaense apresenta-se sob a forma de pratos tipicamente indígenas como o saboroso “mapará com açaí” ou ainda a torta de camarão e a sopa de “aviú”, um minúsculo camarão. E depois de uma maravilhosa refeição e um cochilo na rede é só esperar pelo tacacá das 17h, que já é tradição pelas ruas da cidade Pode-se dizer, ainda que Cametá é marcada pelo forte catolicismo devocional ou popular, baseado nas devoções aos santos, sendo os mais conhecidos: São João Batista (padroeiro da cidade), São Benedito, Nossa Senhora das Mercês, Santa Rita de Cássia, entre outros.
Muitos aspectos colocam a cidade de Cametá como uma grande opção turística no estado e não são apenas os atrativos naturais de suas praias ou as belezas da cidade que tornam a visita obrigatória por quem deseja conhecer o que há de melhor no Pará. Dois grandes eventos da cultura popular cametaense, pelo menos, “arrastam” para essa cidade milhares de pessoas todos os anos: o carnaval e as festas juninas. Apesar das influências do resto do país, o cametaense não cansa de se nutrir do gosto das coisas da terra, a sua essência, que não lhe deixa partir.


CURIOSIDADES:
A cidade de Cametá teve o papel destacado, durante todo o movimento da Cabanagem, foi de Cametá que o Dr. Ângelo Corrêa, foi a Belém, atendendo ao chamado do Governo Cabano chefiado por Antônio Vinagre, para assumir a presidência da província, após uma série de desentendimentos, não pôde assumir o governo. E retorna a Cametá onde toma posse do cargo perante a Câmara Municipal. Assim, por um breve período, Cametá foi a sede do Governo da Província. Convém ressaltar que o Município sempre teve destacado papel na história do Pará.
Nas últimas décadas o Município passou por alguns ciclos econômicos, daqueles típicos da Amazônia. Assim, se favoreceu bastante dos ciclos da borracha e do cacau, mas o último com bastante importância foi a época da pimenta-do-reino, embora não caracterizada como tal. Esses ciclos favoreceram algumas melhorias nas condições de vida da população.
Apesar da cidade de Cametá ter sido declarada Patrimônio Histórico Nacional poucos são os benefícios advindos disto.
Fonte: http://cametaonline.com


FOTOS DA VIAGEM
Como eu fui de ônibus, peguei 2 balsas e uma lancha. Então tirei algumas fotos no caminho, essas são da região das ilhas, famílias ribeirinhas.





Chegando de lancha à cidade, essa é a visão da praia da aldeia, fica no bairro da aldeia em Cametá


Quando desembarquei em Cametá, já estava anoitecendo, na manhã seguinte fui logo para a Praia da Aldeia, a mesma praia da qual fiz as fotos quando chegava de lancha, e que estão postadas ai em cima.





Agora no centro histórico da cidade

Sede da Prefeitura

Grupo Escolar D. Romualdo de Seixas
Construção de 1899, inaugurado em 1905

Praça João Pessoa, também conhecida como Praça dos Notáveis

Catedral de São João Batista. Construção neoclássica de 1757. Localizada na Praça dos Notáveis

Na Praça João Pessoa, em frente à Catedral de São João Batista, encontra-se um monumento que explica a razão pela qual a cidade é conhecida como “Terra dos Notáveis”. Trata-se dos bustos de nascidos no município que marcaram a história e a política da cidade, do Pará e do Brasil: Cônego Siqueira Mendes, Ângelo Custódio, Padre Prudêncio, Deodoro de Mendonça, dentre outros.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês. Em estilo Barroco, foi construída no século XIX como pagamento de uma promessa. Localizada na Praça Joaquim Siqueira.

Ao lado encontra-se o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Antigo Convento das Mercês. Construção de 1942, feita pelas Irmãs de Caridade da Ordem Religiosa de São Vicente de Paula.


Orla da cidade



Navio afundado para tentar conter a erosão da orla

Outro navio afundado, no total são três


Indo para Cametá Tapera

Com a luz do sol a favor, as fotos ficam bem melhores

Depois de tomar AÇAÍ com mapará em Cametá Tapera, nada melhor que um cochilo na rede às margens do Rio Tocantins

Logo em seguida, com as energias recarregadas, é hora de ir para a Praia do Roque

Sombra, água fresca e uma cervejinha gelada

Porém, sem me descuidar do meu futuro campeão de natação


O que foi? Depois de uma semana de AÇAÍ, vocês queriam o que?!

Esta é a visão que temos quando olhamos pela janela da casa do meu cunhado

Uma imagem simples de uma coisa igualmente simples, porém de grande utilidade para quem mora as margens dos rios da Amazônia

Um socó boi resolveu nos visitar. De noite ele emite um som parecido com um mugido, daí o nome

Na manhã da despedida, quando esperávamos pelo barco que iria nos levar de Cametá Tapera até a cidade de Cametá, para pegarmos a lancha que nos levaria ao ônibus para Belém, o sol se apresentou mais lindo que nunca

Meu cunhadão, triste com a despedida, ao lado das bolsas e valises. Sendo que, entre tudo isso, não poderia faltar uma cuba de isopor, lacrada com fita crepe, cheia de polpa de cupuaçu congelada, que foi carinhosamente guardada durante quatro meses

Cametá, até janeiro 2012!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Corda bamba

Planta do pé na linha do horizonte
Corda bamba
Equilíbrio entre o sonho e a realidade
Com rede de segurança
Acalanto a esperança no embalo de uma saudade