"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

terça-feira, 20 de março de 2012

Por que Serviço social?


Na verdade eu tenho a impressão que não escolhi o Serviço Social, mas que fui escolhido pelo Serviço Social.
Eu explico!
Sempre fui muito curioso e tive grande interesse em aprender tudo de tudo, mas a minha vida estudantil foi muito prejudicada por motivos variados. Houve momentos em que eu ficava muito triste, sentia-me roubado, no sentido literal da palavra, pois não tinha acesso ao conhecimento que sempre me atraiu, porém nunca desisti de continuar querendo saber mais e mais.
Em um desses momentos de crise fui apresentado a uma pessoa que foi determinante em minha trajetória de vida, por intermédio dela, que é uma assistente social e que se tornou uma grande amiga minha, eu comecei a trabalhar em uma ONG que tinha atividades no bairro da Terra Firme com formação profissional e geração de emprego e renda. Pude freqüentar vários cursos, fiz um treinamento, recebi formação e tornei-me Agente Comunitário de Orientação Profissional e em seguida, depois de fazer vários cursos de informática, tornei-me Instrutor de Informática.
Algum tempo depois fiz amizade com alguns estudantes de História da turma de 1996 da UFPA, até hoje nós mantemos essa amizade, eles sempre me incentivaram e estimularam o meu senso crítico, por causa deles eu, apesar de ter me afastado da militância política e do convívio social por conta de um problema de doença na família, nunca deixei de participar das discussões em torno do que acontecia no Brasil e no mundo, e neste contexto a Internet foi de extrema importância.
Fui contaminado pelo “bicho da história”, por conta de minha amizade com esses historiadores, e isso me influenciou quando fui escolher o curso para o qual prestaria o vestibular. No entanto não havia turma de história no horário vespertino, que é o único horário em que eu posso estudar, então optei por Serviço Social.
Eu planejei fazer um cursinho preparatório durante este ano de 2012, já que fazia muito tempo que eu havia concluído o ensino médio, só faria o vestibular no próximo ano, porém, na ultima hora, resolvi fazer o vestibular deste ano só para ver como era. Então, para minha surpresa e alegria, eu fui aprovado.
Hoje, depois de refletir melhor sobre o assunto, eu percebi que o curso de História me limitaria a dar aulas e ou pesquisar. Já o curso de Serviço Social abre um leque muito maior de possibilidades, pois eu sou funcionário da SESMA, aprovado no concurso público de 2002, com lotação no HPSM Mário Pinott há dez anos, depois de formado eu posso fazer um concurso para o cargo de Assistente Social e trabalhar no mesmo local, fazer uma especialização e dar aulas de sociologia, sendo que em ambas as situações eu estarei trabalhando com pessoas, acolhendo-as, orientado-as, encaminhando-as, despertando e estimulando nelas o senso crítico, a participação política e tentando ser para essas pessoas o que aquela assistente social foi para mim, pois ela fez a diferença na minha vida.
Eu sou fruto desse processo de inserção social e sei que um bom profissional pode mudar para melhor a vida de muita gente.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A todas as mulheres

Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, aproveito para parabenizar todas as mulheres que foram de extrema importância em minha vida e, em especial, faço uma homenagem à mulher que mais amei e a quem devo tudo que sou e que sei. Ela me deixou em uma terça feira, 9 de março, dia em que ela estaria completando 79 anos. Amanhã fará um ano de sua partida, mas nesse período não houve um só dia em que eu não lembrasse do seu rosto, não sentisse o seu cheiro, não ouvisse a sua voz e não sentisse muitas saudades.


EM MEMÓRIA DE MINHA MÃE
Nasci-te (Manuela Amaral)


No meu ventre de mulher cresceu teu feto
e foi a minha boca que te deu palavras 
e silêncios para tu gritares 
Dos meus braços multipliquei teus braços 
e dei distâncias para tu voares 
Dei-te tempos-de-nada 
medidos de coragem 
E foste. E és.


Francisca Lopes Sodré, minha bisavó.
Marcerina Lopes de Souza, minha avó.
Ecy Lopes Valente, minha tia.
Maria Lopes de Souza, minha tia.
Eliana Lopes dos Santos, minha irmã.
Eliete Lopes dos Santos, Minha irmã
Estefania, minha primeira professora.
Aldair, minha segunda professora.
Sônia, minha terceira professora.
Maria José Barra, minha quarta professora.
Leda, minha professora de língua portuguesa no ensino médio.
Vanuza de Fátima Rodrigues, minha esposa, mãe do meu filho e minha companheira nas lutas e desafios dessa vida.