"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz Dia dos Pais!

Quando falava para o meu filho, João Francisco, que ele precisava comer verduras e legumes, ele respondia:
-Comer verduras e legumes? Eca, que nojo!
Depois de mostrar-lhe na TV uma reportagem sobre a apendicite, que falava, entre outras coisa, de como a alimentação pobre em fibras pode causar o aparecimento da doença, ele hoje pede para eu comprar verduras e legumes.
Esse é o meu rebento, curioso, inteligente, inquieto, inventivo e, às vezes, muito mala sem alça.
Não sei como passei trinta e cinco anos de minha vida sem ele!
Sem acordar com um aviãozinho pousado em minha testa e, ao abrir os olhos, me deparar com um sorriso de anjo peralta.
Sem conversar ao telefone tendo uma pessoinha ao lado fazendo som de sirene de ambulância.
Sem tropeçar em brinquedos espalhados por toda a casa.
Sem passar horas montando bloquinhos.
Sem ter de responder perguntas do tipo:
-Pai, porque você tem pêlos no corpo e eu não tenho? Você vai virar um lobisomem?
Sem tentar dormir e não conseguir, pois alguém está fazendo cócegas em mim.
Sem acorda cedo e seguir na direção da escolinha.
Sem alguém esperando eu botar o lixo para fora, fechar o portão, escovar os dentes e apagar as luzes, só para ouvir uma historinha, conversar ou brincar mais um pouquinho antes de dormir.
Sem ouvir as batidas de um coraçãozinho que faz o meu coração bater no mesmo compasso.
Sem ver aquele sorriso lindo que ilumina a minha alma.
Finalmente compreendo o jeito que minha mãe me olhava, com aquele olhar úmido e brilhante.
Ao longo desses cinco anos, palavras como amor, preocupação, alegria e realização tomaram uma nova dimensão para mim.
Hoje eu sei o que é sentir o meu coração pulsar fora do meu corpo.

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