"A liberdade jamais e dada pelo opressor, ela tem que ser conquistada pelo oprimido"

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Ruy Barata em direção ao infinito

    Há quase 32 anos, em 23 de abril de 1990, partia Ruy Barata em direção ao infinito. Morreu em São Paulo, aos 69 anos, em meio a uma cirurgia. Tinha ido à Sampa pesquisar sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazônia.


Ontem,

quando a morte passou

carregando meu corpo

não sei se para o céu

ou qualquer outro porto,

onde houvesse lugar

para um filho de Ogum,

eu vi que havia luz e madrugada

e um solo de canção desesperada,

nos olhos da mulher que não me amou.


Ontem,

quando a morte passou,

lá no bar onde bebo,

e como linda Inês,

posta em sossego,

em seus braços de seda me tomou,

senti que a vida inteira me fluía

e que a triste canção que eu perseguia

jazia na mulher que não me amou.


"Braços de seda". Música de Paulo André e Ruy Barata. 1983. Gravação Vital Lima.


Foto Luiz Braga




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