Morei na Rua dos Caripunas de 1982 à 1985, dos meus 11 aos 14 anos de idade. Nessa época sempre comprava churrasco de um senhor que tinha uma banquinha nas esquina da Caripunas com a "Estrada Nova", ele me chamava a atenção por usar um chapéu que parecia com os de vaqueiros e, também, por frequentemente estar de roupa branca.
Alguns anos antes o carimbó era bastante divulgado em Belém e eu conhecia alguns. Mas foi num dia, quando fui comprar refrigerante em uma taberna, que ouvi uma conversa que mudaria para sempre a minha visão a respeito daquele vendedor de churrasco.
Um homem que bebia cerveja na taberna, exibia um LP de carimbó que fora gravado no final da década de 70, e nele tinha a foto do tal vendedor. O homem falava o seguinte: "De cantor à vendedor de churrasco". Eu fiquei curioso e perguntei: "É aquele senhor que vende churrasco lá na esquina?". A resposta foi um aceno positivo com a cabeça.
Anos mais tarde, em novembro de 1998, quando trabalhava como cinegrafista em uma atividade da Rádio Margarida em que o Mestre Verequete participou, ganhei um CD autografado em letras de fôrma: "VEREQUETE". O CD desapareceu, mas ficou na lembrança a imagem daquele senhor que cantava algo que sempre esteve em mim e que que sempre me emocionou e emociona.
03 de Novembro - Dia Estadual do Carimbó
Homenagem à data de aniversário de falecimento do Rei do Carimbó, Mestre Verequete.
O cantar de Verequete está presente em todos nós que apreciamos e pretendemos levar em frente esse canto. Abraços!
Para maiores informações a respeito da biografia de Mestre Verequete, acesse o Blog do Meu amigo, o historiador Tony Leão da Costa
É um momento
determinante em todo o filme "Matrix" (falo
do primeiro filme da trilogia, porque os outros dois são dispensáveis):
Morfeu (Laurence Fishburn)
encontra-se com Neo (Keanu
Reaves) para lhe explicar que o mundo no qual vive não é o mundo real
e verdadeiro.
Os humanos são meros escravos de um poderoso sistema de computadores
designado Matrix que
controla a mente humana.
Morfeu dá a possibilidade à Neode escolher entre tomar apílula azulou apílula vermelha.
Tomando apílula azul,Neovoltará à sua ilusória e superficial
vida.
Se optar pelapílula vermelha, conhecerá a verdade que
está por detrás do mundo que julga ser real.
Neoarrisca e opta pelapílula vermelha, conhecendo, finalmente, a complexa verdade por
detrás do seu mundo de aparências.
Diálogo entre Morfeu e Neo:
Morfeu :
- Eu vejo nos seus olhos. Você tem o olhar de um homem que
aceita o que vê porque está esperando acordar. Ironicamente não deixa de ser
verdade.
- Você acredita em destino, Neo?
Neo :
- Não
Morfeu :
- Por que não ?
Neo :
- Não gosto de pensar que não controlo minha vida.
Morfeu :
- Sei exatamente o que você quer dizer.
- Vou te contar porque está aqui : Você sabe de algo.
- Não sabe explicar o quê. Mas você sente.
- Você sentiu a vida inteira : há algo errado com o mundo. Você não sabe o que
é, mas há. Como um zunido na sua cabeça te elouquecendo. Foi esse sentimento que
te trouxe até mim.
- Você sabe do que estou falando?
Neo :
- Da Matrix ?
Morfeu :
- Você deseja saber o que ela é?
Neo :
- Sim.
Morfeu :
-A Matrix está em todo lugar. À nossa volta. Mesmo agora , nesta sala .
- Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga sua TV;
- Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga
seus impostos....
- É o mundo que foi colocado diante de seus olhos para que você não vise a
verdade.
Neo :
- Que verdade?
Morfeu :
- Que você é um escravo. Como todo mundo, você nasceu num cativeiro, nasceu
numa prisão que não pode sentir ou tocar. Uma prisão para sua mente.
- Infelizmente é impossível dizer o que é Matrix. Você tem que ver por si
mesmo.
- Esta é a última chance. Depois não há como voltar.
- Se tomar a pílula azul a história acaba e você acordará na
sua cama acreditando no que quiser acreditar.
- Se tomar a pílula vermelha ficará no País das Maravilhas e
eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho.
- Lembre-se tudo o que ofereço é a verdade. Nada mais.
A partir do diálogo acima levantam-se muitas leituras filosóficas e religiosas.
Estas pílulas representam, também, uma metáfora da condição humana: o homem que
se resigna de forma dogmática e aceita passivamente tudo o que existe à sua
volta ou o homem que deseja libertar-se e conhecer a verdade absoluta das
coisas e o acesso ao conhecimento?
Perante isto, a questão que coloco a mim mesmo (e aos
leitores) é esta:
Se este mundo, de uma forma ou de outra, não é mais do que uma espécie de
"Matrix" global e eu tivesse que optar por ingerir apílula azulou apilula vermelha, qual escolheria?
Eu escolheria aVermelha!
E você? Escolheria aAzule continuaria sendo iludido pelo sistema?
A política idiotizadoras das massas faz o povo ficar
alienado, e não só isso, faz o povo pensar que quem discute política é chato e
que o cara legal é aquele que fala de futebol e novela. Nada contra! Também
gosto muito, mas nem a vida do Neymar e nem as loucuras da Carminha vão
influenciar minha vida (salário, transporte, saúde, segurança).
Deveríamos discutir política sempre, não só em época de
eleição!
Aliás, essas discussões políticas deveriam ser tão comuns quanto as discussões
sobre os times de futebol e sobre o que acontece nas novelas.
Quem não gosta de discutir política, vai ser escravo dos que gostam, porém nem
vai perceber que é escravo, pensará que é uma pessoa livre (como oNeo, antes de tomar a pílula
vermelha).
Política são todas as ações do ser humano.
Os políticos ladrões
e picaretas adoram política, tanto que vivem dela, pois eles usam o conhecimento político que têm para manipular os que não gostam, não conhecem e nem procuram conhecer a política.
O Professor José Paulo Netto ministrou, em 2002, o Curso "O Método em Marx" na pós-graduação em Serviço Social da UFPE. O Curso foi gravado originalmente em Fitas VHS. A versão para DVD, dos 5 dias de aula (manhã e tarde), resultou em 2 DVDs por aula, num total de 10 DVDs. Para que o curso pudesse ser baixado via Internet, os DVDs foram comprimidos com o Nero V.7.
Para assistir às aulas (arquivos de midia MPEG4) pode-se utilizar o Nero Show Time. Ou o VLC (gratuito):
É necessário, portanto, que a ordem das aulas/dvds seja respeitada. Caso contrário, como nos "alertou" um espirituoso amigo, poderá um curioso desavisado, "sair por aí dizendo que o Capital foi escrito antes de Marx concluir o curso universitário, depois foi pra Londres trabalhar na Gazeta Renana, no final da vida se aborreceu e passou a escrever uma tese sobre Epicuro, puto da vida com a Liga dos Comuns e com as conversas de Engels, com aquela mania de dialética..."
Quanto mais uma pessoa desenvolve o senso crítico, mais essa pessoa se torna triste e tende a desenvolver, junto com a consciência crítica, uma úlcera estomacal.
E quanto mais uma pessoa se mantém usando apenas o senso comum, mais essa pessoa tende a se alegrar com qualquer coisa, pois qualquer "PÃO E CIRCO" a diverte.
Eu prefiro morrer infeliz e com uma grande ferida no estômago a me tornar um bobô alegre!
Apocalipse zumbi(português brasileiro) ou apocalipse zombie(português europeu) é um cenário hipotético da literatura apocalíptica. Cultuado – e até mesmo aguardado – por muitas pessoas e com base na ficção científica e no terror, a expressão refere-se a uma infestação de zumbis em escala catastrófica, levando todas as sociedades ao colapso, e que rapidamente transformaria esta criatura no ser dominante sobre a Terra. Tais criaturas, hostis à vida humana, atacariam acivilização em proporções esmagadoras, impossíveis de serem controladas por forças militares, mesmo com os recursos atuais à disposição.
Na verdade eu tenho a impressão que não escolhi o Serviço Social, mas que fui escolhido pelo Serviço Social.
Eu explico!
Sempre fui muito curioso e tive grande interesse em aprender tudo de tudo, mas a minha vida estudantil foi muito prejudicada por motivos variados. Houve momentos em que eu ficava muito triste, sentia-me roubado, no sentido literal da palavra, pois não tinha acesso ao conhecimento que sempre me atraiu, porém nunca desisti de continuar querendo saber mais e mais.
Em um desses momentos de crise fui apresentado a uma pessoa que foi determinante em minha trajetória de vida, por intermédio dela, que é uma assistente social e que se tornou uma grande amiga minha, eu comecei a trabalhar em uma ONG que tinha atividades no bairro da Terra Firme com formação profissional e geração de emprego e renda. Pude freqüentar vários cursos, fiz um treinamento, recebi formação e tornei-me Agente Comunitário de Orientação Profissional e em seguida, depois de fazer vários cursos de informática, tornei-me Instrutor de Informática.
Algum tempo depois fiz amizade com alguns estudantes de História da turma de 1996 da UFPA, até hoje nós mantemos essa amizade, eles sempre me incentivaram e estimularam o meu senso crítico, por causa deles eu, apesar de ter me afastado da militância política e do convívio social por conta de um problema de doença na família, nunca deixei de participar das discussões em torno do que acontecia no Brasil e no mundo, e neste contexto a Internet foi de extrema importância.
Fui contaminado pelo “bicho da história”, por conta de minha amizade com esses historiadores, e isso me influenciou quando fui escolher o curso para o qual prestaria o vestibular. No entanto não havia turma de história no horário vespertino, que é o único horário em que eu posso estudar, então optei por Serviço Social.
Eu planejei fazer um cursinho preparatório durante este ano de 2012, já que fazia muito tempo que eu havia concluído o ensino médio, só faria o vestibular no próximo ano, porém, na ultima hora, resolvi fazer o vestibular deste ano só para ver como era. Então, para minha surpresa e alegria, eu fui aprovado.
Hoje, depois de refletir melhor sobre o assunto, eu percebi que o curso de História me limitaria a dar aulas e ou pesquisar. Já o curso de Serviço Social abre um leque muito maior de possibilidades, pois eu sou funcionário da SESMA, aprovado no concurso público de 2002, com lotação no HPSM Mário Pinott há dez anos, depois de formado eu posso fazer um concurso para o cargo de Assistente Social e trabalhar no mesmo local, fazer uma especialização e dar aulas de sociologia, sendo que em ambas as situações eu estarei trabalhando com pessoas, acolhendo-as, orientado-as, encaminhando-as, despertando e estimulando nelas o senso crítico, a participação política e tentando ser para essas pessoas o que aquela assistente social foi para mim, pois ela fez a diferença na minha vida.
Eu sou fruto desse processo de inserção social e sei que um bom profissional pode mudar para melhor a vida de muita gente.
Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, aproveito para parabenizar todas as mulheres que foram de extrema importância em minha vida e, em especial, faço uma homenagem à mulher que mais amei e a quem devo tudo que sou e que sei. Ela me deixou em uma terça feira, 9 de março, dia em que ela estaria completando 79 anos. Amanhã fará um ano de sua partida, mas nesse período não houve um só dia em que eu não lembrasse do seu rosto, não sentisse o seu cheiro, não ouvisse a sua voz e não sentisse muitas saudades.
EM MEMÓRIA DE MINHA MÃE Nasci-te (Manuela Amaral)
No meu ventre de mulher cresceu teu feto e foi a minha boca que te deu palavras e silêncios para tu gritares Dos meus braços multipliquei teus braços e dei distâncias para tu voares Dei-te tempos-de-nada medidos de coragem E foste. E és.
Francisca Lopes Sodré, minha bisavó. Marcerina Lopes de Souza, minha avó. Ecy Lopes Valente, minha tia. Maria Lopes de Souza, minha tia. Eliana Lopes dos Santos, minha irmã. Eliete Lopes dos Santos, Minha irmã Estefania, minha primeira professora. Aldair, minha segunda professora. Sônia, minha terceira professora. Maria José Barra, minha quarta professora. Leda, minha professora de língua portuguesa no ensino médio. Vanuza de Fátima Rodrigues, minha esposa, mãe do meu filho e minha companheira nas lutas e desafios dessa vida.
Há cerca de trinta e três anos uma pessoa muito especial entrou para o convívio de minha família. Nonato era o seu nome, porém muitos amigos o chamavam de Paleco, mas para mim e meus irmãos ele sempre foi o Natinho, nosso cunhado mais velho (esposo da irmã mais velha).
Natinho era brincalhão, alegre, irreverente, gaiato, festivo e, por incrível que pareça e por mais contraditório que soe, conseguia ser tudo isso sem deixar de ser extremamente rabugento e ranzinza.
Com o passar do tempo ele foi conquistando a todos nós, tornou-se, além de cunhado um irmão e, para mim em particular, um pouco pai, pois quando ainda era criança morei um tempo com ele e minha irmã.
Ele ensinou-me a gostar de violão, instrumento que tentei aprender a tocar, porém desisti diante de minha total falta de talento pra coisa. Através dele fui apresentado às obras de Cartola, Noel Rosa, Pixinguinha, Adoniran Barbosa, Lupicínio Rodrigues, Gonzaguinha, Ruy Barata e Paulo André Barata entre outros grandes nomes de nossa música popular brasileira.
Estava sempre perto de nós, nos momentos de grande alegria e comemoração, mas também nos momentos de tristeza e desespero. Por conta de sua irreverência ele sempre conseguia aliviar a tensão dos momentos de angustia, era do tipo que contava piadas em velório e até conseguia arrancar sorrisos dos rostos das pessoas que estavam com o coração chorando de tristeza. E por ter essa habilidade, sua presença sempre foi de grande ajuda nessas horas.
Nos últimos cinco anos freqüentemente me dizia que eu não poderia morrer antes dele, pois as suas roupas não caberiam em mim (piada interna).
Posso dizer que com o Natinho eu aprendi, também, a rir e fazer pouco da cara da morte, isso mesmo, meu cunhado-irmão estava cagando e andando para a morte, zombava dela como quem zomba de uma criança tola, mas que acha que é esperta. Ele chegou a mostrar-me o caixão no qual gostaria de ser sepultado e sempre disse em alto e bom som que gostaria que seu velório fosse feito com muita música e com amigos cantando. Na verdade esse pedido não me chocou, pois ele sempre foi um boêmio, era apaixonado por samba e sempre demonstrou isso. Mas o pedido que não esqueço e que eu sempre achei mais engraçado e, talvez, o mais difícil de realizar era que fossem convidadas mulatas da "Embaixada de Samba Rancho Não Posso Me Amofiná” para sambar no seu velório. Toma-te!
Foi muito bom termos convivido com esse nosso querido rabugento, sentiremos a falta dele, mas o teremos sempre perto, em cada lembrança, em cada saudade...
Marchinha campeã do Concurso de Marchinhas Carnavalescas do Bloco da Canalha 2012.
MARIA DA PENHA NELES Autoria: Rita Melém e Cris Rodrigues
No mundo patriarcal Explorar mulher parece natural Cuidado macharada Bater em mulher não tá com nada
Refrão Maria da Penha neles Maria da Penha neles
É o bloco da canalha Na luta com a gente.
Todo carnaval É igual ao que passou A mulher é presa fácil E o macho, o predador
Refrão
Em todo lugar É um tal de come, come O cara se acha o tal Mas é a mulher que engole o homem
Refrão
Galera da Canalha, (não se calem) Chegou a nossa vez, (agora é lei) Denuncie o agressor (180) E mande pro xadrez
Voz: Cris Rodrigues Coro: Albert Cordeiro, Aninha do Rosário, Cris Rodrigues, Cris Salgado, Larissa Leite, Rita Melém, Tony Leão. Sax: Edinho do Sax Trompete: João do Trompete Violão de 7: Albert Cordeiro Cavaquinho: Robson Conceição Baixo: Emílio Leite Teclado: Marcos Leite Percussão: Estúdio EMMA Arranjo: Todos Técnica de som: Larissa Leite Técnico de Mixagem: Emílio Leite Editor de imagens: Idalécio Lopes Produção Executiva: Tony Leão Realização: Bloco da Canalha: A vil ralé que cospe no chão!